Em uma escala de 1 a 10, onde 1 representa o mínimo e 10 o máximo de deturpações e distorções de fatos e dados, com o torpe desígnio de ludibriar a boa-fé alheia, Fernando Haddad encarapita-se no topo da pirâmide.
Tentou convencer o universo e os eleitores do PT de que o real candidato era o atual copresidente da chapa, o Lula , uma espécie de reencarnação do Mestre Yoda. Liberado, finalmente, do engodo, após a impugnação inevitável da candidatura do presidiário, fincou-se como mais um poste plantado pelo seu mentor.
Trata-se, na verdade, de um pau de sebo que os petistas escalam em busca de “um Brasil feliz de novo”. Escamoteia o fato de que as burras do estado foram saqueadas pelos companheiros e que o saudosismo ao qual se apega escora-se em recursos herdados e dilapidados dos governos do PSDB e nas compras chinesas de soja, ainda nas sementeiras.
No que diz respeito à vice-presidência da chapa, se os esquerdistas entram em pânico diante da possibilidade de o país ser comandado pelo General Mourão, imaginem o pavor de cidadãos de bem face à eventualidade de um governo da cândida Manuela d’Ávila, ectoplasma da infeliz Olga Benario!
Enfim, ao candidato petista não se pode negar uma qualidade: a coragem, ou seja, candidatar-se à presidência da república, quando não logrou sequer reeleger-se à prefeitura de São Paulo. Seu carma, segundo tudo indica, é ser eliminado já no primeiro turno.