Na Wikipédia, existe uma página dedicada a “Pesquisas de opinião sobre o governo Bolsonaro”, atualizada até 23/24 de junho, período, portanto, pós-prisão de Fabrício Queiroz. É interessante notar que o Datafolha, considerado petista pela pseudodireita bolsonarista, é o instituto que mais o favorece (32% de ótimo/bom e 44% de ruim/péssimo). Os que mais o desfavorecem são a Quaest (21% de ótimo/bom e 54% de ruim/péssimo), uma consultoria mineira, e a XP Investimentos (28% de ótimo/bom e 48% de ruim/péssimo, de 9 a 11 de junho) e que, na minha lógica, deveria ser o primeiro a tentar mascarar-lhe a rejeição, a fim de tranquilizar o mercado financeiro.
Segundo um amigo, psicólogo e professor universitário, os cerca de 30% que ainda apoiam o Presidente pertencem ao grupo daqueles que continuarão a apoiá-lo, ainda que Bolsonaro e seus filhos arrombem os galinheiros de seus quintais e roubem as penosas. Argumentarão que, coitados, estavam famintos. Equivalem aos “lulalivres” (igualmente na faixa de uns 30% – número mágico – do eleitorado) que insistem em defender o ex-presidiário, apesar dos pesares. Meu amigo chamou-me a atenção, ademais, para estudo da University College London, publicado na revista “Nature”, sobre “a química da teimosia”, ou seja, sobre os processos neurais que impedem mudanças de opinião, uma vez que determinado conceito se cristaliza na mente, ainda que as evidências provem o contrário.