O primeiro atentado político, do qual se tem notícia no país, ceifou a vida do jornalista, político e médico italiano, radicado no Brasil, Giovanni Battista Libero Badarò (1798 – 1830), assassinado pelos absolutistas que defendiam D. Pedro I contra os liberais. Ao morrer, Badarò teria pronunciado a seguinte frase: “Morre um liberal, mas não more a Liberdade.”. D. Pedro I abdicou em 1831. Para citar apenas os chefes de estado brasileiros, seguiram-se os atentados contra D.Pedro II (julho de 1889), Prudente de Moraes (1897), Getúlio Vargas (estrada Rio-Petrópolis, 1933) e Costa e Silva (1966). Cumpre mencionar, ainda, o que quase vitimou Carlos Lacerda (1954), que mudou os rumos da história deste país.
Tais atos são perpetrados, invariavelmente, por três tipos de agentes, que podem, em alguns casos, preencher um ou mais perfis, a seguir: 1 – psicopatas; 2 – pessoa ou grupo, cujos interesses pessoais foram contrariados pelas vítimas; 3 – pessoa ou grupo fanatizados por líderes políticos ou religiosos ou por ideologias, contra opositores. Alguns especialistas na matéria defendem que, em qualquer do caso, o autor é sempre um psicopata, o que é discutível no que diz respeito aos que agem por motivos pessoais. Quanto ao segundo tipo, apenas para citar atentado recente, registre-se o assassinato da vereadora Marielle Franco do PSOL, no Rio de Janeiro, por milicianos, contra os quais se insurgia, segundo tudo indica. Por último, o esfaqueador de Jair Bolsonaro parece inserir-se nas primeira e terceira classificações, sendo que tal conjuminância não é inusitada.
Até onde se sabe, o algoz do capitão é um desequilibrado mental, ex-afiliado ao PSOL, coincidentemente o partido de Marielle, que postava fotos suas nas redes sociais, participando de manisfetações anti-Temer ou de jovens envergando camisetas de apoio a Lula. A não ser que me provem o contrário, não acredito que tenha agido por encomenda das esquerdas, que não seriam tão estúpidas de atirar contra o próprio pé, embora nada minimize sua responsabilidade de haver promovido o clima de antagonismo e confrontação que permeia o país. A ver meu, atuou como os atiradores norte-americanos em escolas e outros estabelecimentos públicos, os “lone wolfs”, embora a polícia tenha detectado um comparsa, a ser ainda confirmado. De qualquer forma, creio que, caso o Bolsonaro não possa participar das próximas eleições, o que seria uma catástrofe nacional, qualquer poste por ele indicado terá mais êxito do que o apontado pelo ex-presidente Lula.
A todos, um bom feriado. A Democracia, plataforma do consenso pacífico e universal, está de luto neste 7 de setembro!!!