A Neurolinguística estuda os mecanismos do cérebro envolvidos na compreensão, produção e conhecimento da linguagem ou, em outras palavras, os mecanismos cerebrais utilizados na elaboração do discurso e sua adequação à mensagem a ser transmitida. Problemas mentais ou psíquicos, tais como estresse, ansiedade etc., bem como diferentes níveis de inteligência, educação e cultura influenciam, portanto, o discurso e sua compatibilidade com a mensagem. Exemplo recentemente citado em sala de aula:
Pergunta – Deputado, o presidente manifestou a intenção de indicá-lo para embaixador do Brasil em Washington. Quais são suas credenciais para ocupar o cargo?
Resposta nº 1 – sinto-me honrado com a indicação e colocarei as boas relações entre minha família e a família Trump a serviço de uma eventual missão nos Estados Unidos. Por outro lado, fui o deputado mais votado da história do Brasil e devo consultar minha base eleitoral antes de aceitar a indicação, pois estou empenhado em cumprir uma de minhas principais promessas de campanha, ou seja, criar a CPI do Foro de São Paulo.
Resposta nº 2 – já fritei hambúrguer e aprendi inglês naquela montanha lá…
Deu para perceber os diferentes mecanismos cerebrais envolvidos na elaboração das respostas? A mesma dinâmica pode ser aplicada na análise do discurso de membros do atual governo.