O Meão

Os principais encarregados da campanha de Jair Bolsonaro detectaram, com boa margem de acerto, que a onda difamatória contra o candidato tem origem no PSDB. Caso fosse deslanchada pelo PT, seria sórdida da mesma maneira, mas, até certo ponto, compreensível, uma vez que o segundo turno seria disputado por Bolsonaro e Haddad. Ora, em uma escala de 1 a 10, onde 1 representa o mínimo e 10 o máximo de deturpações e distorções de fatos e dados, com o torpe desígnio de ludibriar a boa-fé alheia, o meão Geraldo Alckmin acaba, assim, de ganhar vários pontos. Equilibra-se sobre o abismo em corda bamba, ignorando e, pior, negando seu envolvimento e o dos partidos que o apoiam com a justiça. A maior qualidade do candidato, para aqueles que o defendem, é a experiência. Pudera! Após 12 anos à frente do governo de São Paulo e uma candidatura fracassada à presidência, o que esperar? Certamente, utilizará sua experiência para manter o status quo, o fisiologismo e a presidência de cooptação. Em resumo, experiência significa pouco em um país que necessita de criatividade, a fim de ser renovado e reescrito.

Quanto à sua decantada competência, não passa de um mito. Para dissolvê-la no ar, basta elencar as obras emperradas e inacabadas em São Paulo, detectadas pelo Tribunal de Contas do estado (mais de 40). Ademais, com 8% das intenções de voto, faltando apenas 10 dias para as eleições, coloca-se delirantemente como o único candidato capaz de derrotar o Fernando Haddad em segundo turno, para o qual, inclusive, está perdendo, segundo o Instituto Paraná Pesquisas. Seria a quinta derrota consecutiva do PSDB para o PT em eleições presidenciais! Por outro lado, descarta veementemente apoio tanto a Haddad quanto a Bolsonaro no segundo turno! Enfim, sua performance e declarações ardilosas desequilibram o quadro eleitoral: não jogam nem contra nem a favor de ninguém, nem dele mesmo. Permanece, assim, a incógnita: para onde caminharão os votos úteis de seus eleitores? Para o híbrido Lullandrade, de acordo com o DNA social-democrata do PSDB, em obediência ao emplumado tucano Fernando Henrique Cardoso?

Os fatos e dados contidos neste texto podem ser facilmente confirmados em sites de pesquisa e nos principais meios de comunicação.

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