Eduardo Bolsonaro falou e o PT fez o favor de divulgá-lo, dando ao Jair Bolsonaro, de mão beijada, a oportunidade de reafirmar pela enésima vez que respeitará a Constituição e as instituições. Já o Andrade…não teve tantas chances de declarar sua idolatria pela Carta Magna, que seu partido quer reformar, ou pelos poderes do Estado, até porque seus eleitores nunca o questionaram e o consideram um defensor natural de tais valores, quando, na realidade, não o é.
O programa do PT, de autoria de Deus sabe quem, apresenta, dentre meandros, que já foram editados pelo menos três vezes, uma clara receita, já testada, de bolivarianização: “controle social na administração da justiça”, “controle social dos meios de comunicação” e a convocação de uma “Assembleia Constituinte”. O último ingrediente foi escamoteado pelo candidato e é até possível que haja alguma sinceridade da sua parte no sentido de eliminá-lo, mas não o há por parte de Lula, Dirceu e a torcida petista do Corinthians.
Enfim, a campanha do Haddad, ao divulgar o vídeo de Eduardo Bolsonaro, deu mais um tiro no pé. A respeito, sustento que os melhores coordenadores da campanha do PT teriam sido o Cid Gomes, que, após um surto psicótico, disse o que disse, e o Raul Jungmann que, quando vice-líder da oposição na Câmara, em entrevista ao TVeja, em um momento de rara clarividência, declarou que “o PT não tem superego e está se lixando para a institucionalidade”, ou melhor, tem uma moral distinta da habitualmente praticada pelas pessoas de bem.
Ademais, o partido, segundo ainda o atual ministro da segurança pública, “se autodenomina intérprete dos excluídos, dos pobres” como “Stalin, no passado, se julgava pai do povo, do proletariado, o guia celestial…”. Entrementes, “comete crimes e abocanha o dinheiro público”, em uma espécie de “psicopatia da corrupção”. É um partido “hegemonista” que “olha a realidade da perspectiva de seu ganho”. Daí a impossibilidade de realizar um “mea culpa” ou sequer elaborar uma simples desculpa pelo crimes praticados.
São dois políticos que falaram ao “coração” do PT e o partido faria bem em ouvi-los, caso ainda queira manter algum protagonismo na política brasileira.