Última Chamada

Esta é minha última publicação sobre eleições.

Meus amigos sabem da minha tempestiva filiação ao Partido NOVO que considero a agremiação política ideal, cujas propostas subscrevo integralmente. Contudo, sempre fui consciente de que o voto no NOVO seria um investimento no futuro e que seu candidato à presidência, João Amoêdo, que admiro sinceramente, não chegaria ao segundo turno destas eleições. Advoguei, portanto, que, mais do que ocupar cargos executivos, o partido necessita ganhar musculatura legislativa, o que exigirá tempo e dedicação, bem como a manutenção e aperfeiçoamento de suas moções.

Dediquei-me, assim, a analisar, com a máxima isenção possível, uma vez que conheço os malabarismos de alguns, os demais postulantes, confrontando qualidades e defeitos, o que, infelizmente, nem sempre foi compreendido pelos mais exaltados na defesa de seus candidatos. Confesso que o fiz muito mais com o objetivo de colocar ordem nas minhas ideias e nas informações que detenho, auxiliando-me, assim, a definir meu voto, do que com a intenção de convencer quem quer que seja a mudar suas convicções políticas, ideológicas ou partidárias, que considero cristalizadas, para o bem ou para o mal, a esta altura do campeonato.

Nesse contexto, intensifiquei, ao longo desta curta campanha eleitoral, a troca de ideias com amigos e colegas de profissão, igualmente aposentados, e a leitura das anteriores plataformas de candidatos reincidentes, como Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva, que pontuavam, com alguma chance, nas pesquisas eleitorais. Dei-me conta, paulatinamente, que o momento não comporta sonhos e idealismos, tendo em vista a crescente polarização das intenções de voto e o que efetivamente está em jogo, ou seja, o resgate da democracia, da cidadania, da vergonha na cara, valores desgastados pelos últimos governos, bem como a superação da atual crise econômica, política, social e moral, herdada de Dilma Rousseff.

Ponderei, sobretudo, os argumentos de meus colegas, uma vez que, no final de nossas missões, testemunhamos, melancolicamente, o aparelhamento e o desmanche sistemático, progressivo e implacável do Itamaraty, promovido pelo chanceler oculto dos governos petistas, o professor Marco Aurélio Garcia, com a anuência oportunista de alguns diplomatas de carreira. Nossa política externa, uma das mais sólidas e respeitadas internacionalmente, desde o período do Império, foi transformada em tubos de ensaio e “case studies”, manipulados e dissecados nas aulas do emérito professor da USP.

Nosso Ministério, que sobreviveu incólume aos 25 anos de regime militar (a meu ver, a “redemocratização” só ocorreu em 1989), que serviu aos elevados interesses da Nação e não a governos ou ideologias, foi coagido, a fim de satisfazer a orientação marxista-leninista de Garcia e aos interesses espúrios da cúpula do PT, a imiscuir-se com os párias internacionais de plantão, cujos governos foram agraciados com recursos que nos faltaram para a educação, a saúde e a segurança. Os saldos foram retidos nos países beneficiários, a fim de serem repatriados em benefício de campanhas do PT.

Nessas condições, NÃO SOU BOLSONARO, como, aliás, nunca fui candidato algum. ESTOU BOLSONARO. As demais razões que orientaram minha opção estão claramente explicitadas em publicações anteriores.

Finalmente, desejo a todos um bom domingo, o histórico 7 de outubro de 2018. Estou seguro de que votarão conscientemente, convencidos de que suas escolhas, em todos os níveis de representação política, conduzirão o país ao futuro que almejamos. Que vença o candidato que soube interpretar nossos anseios, neste momento crucial da nossa história. Compreendo e me solidarizo com aqueles que combateram o BOM combate, sem se valer de deturpações, distorções ou insídias, e se frustraram. Que a derrota nos sirva de parâmetro do que se tornou desfuncional e caducou.

Brasília,  5 de outubro de 2018

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *