Independência ou Morte

A declaração do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga de que é “melhor perder a vida do que a liberdade”, verbalizada em absoluta subserviência a Bolsonaro, remonta, na História do Brasil, ao suposto brado de D. Pedro I, “Independência ou Morte”, que teria sido emitido, evidentemente, em outro contexto e sem o registro de 620 mil famílias enlutadas por uma pandemia devastadora.  O “Grito do Ipiranga” de Queiroga é surpreendente, uma vez que ele não é o responsável pelo Ministério dos Direitos Humanos, pasta de Damares Alves, mas o guardião da saúde dos brasileiros. 

Quando a Ciência é atingida pelo obscurantismo ideológico ou religioso, testemunham-se catástrofes, tais como o negacionismo diante das evidências mais palpáveis, a utilização de seres humanos como cobaias, a declaração da existência de raças superiores, mutilações de genitais femininos (MGF), praticadas sobretudo no continente africano, e guerras santas, nas quais o desrespeito às crenças do adversário é a regra.

Sobre morte ou liberdade, Queiroga e Bolsonaro deveriam ler, se forem capazes, as obras do russo Mikhail Bakunin (1814 – 1876), revolucionário anarco-socialista que participou da Primeira Internacional, até ser expulso por Karl Marx.

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